Entrevista realizada pela Coordenadora da Pós-Graduação em Fonoaudiologia da Faculdade CEAFI – Fga. Lillian Christina Oliveira e Silva com a Fonoaudióloga Maila Gil Pedrosa – Fonoaudióloga Neonatal do Hospital Geral Materno Infantil da Unimed Recife, Especialista em Neonatologia – Hospital Sofia Feldman/FELUMA, Mestre em Ciências Fonoaudiológicas – UFMG
Quando um bebê é considerado prematuro?
Prematuridade pode ser definida a partir da idade gestacional de nascimento do bebê.,
Recém-nascido prematuro é aquele que nasce com idade gestacional abaixo de 37 semanas, sendo classificado como “prematuro tardio”.
Aquele que nascem com 34 a 36 semanas e 6 dias de idade gestacional e “prematuro extremo” aquele bebê que nasce abaixo de 28 semanas de idade gestacional.
Qual a melhor prevenção para o parto prematuro?
Existem variadas causas para o parto prematuro.
Como problemas de má-formação ou infecções, adquiridas da mãe, bem como doenças na gestação, como pressão alta, infecções do colo do útero e diabetes.
As consultas de pré-natal e os exames regulares são muito importantes para acompanhar a saúde da mãe e do bebê.
É fundamental avaliação da pressão e da glicemia materna, quantidade de líquido amniótico, dentre outros indicadores relacionados a gravidez.
Portanto, seguir as orientações dos profissionais que te acompanham no pré-natal é muito eficaz para prevenir o parto prematuro.
Quais são os principais desafios no cuidado de um bebê prematuro?
O bebê prematuro nasce com fragilidade dos órgãos, maturidade incompleta do pulmão, acarretando problemas respiratórios, na maioria das vezes, além de imaturidade neurológica, do sistema imunológico e baixo peso ao nascimento, o que torna um desafio para a recuperação nutricional nas primeiras semanas de vida do bebê.
Diante dessas características, é muito importante um cuidado intensivo por uma equipe multiprofissional adequada.
Quais são as principais dificuldades no aleitamento materno do prematuro?
Os principais problemas na amamentação dos bebês prematuros são a dificuldade de regular o estado de sono e vigília, os reflexos orais que podem estar débeis ou ausentes, sucção fraca, dificuldade na pega ao seio materno, incoordenação dos reflexos de sucção, deglutição e respiração, além de fadiga durante a mamada.
Apesar dessas características, o aleitamento materno é possível, uma vez que esses bebês vão adquirindo maturação neurológica.
Além de receber acompanhamento fonoaudiológico, que é essencial para garantir uma amamentação segura e eficiente.
Como a Fonoaudiologia pode contribuir no atendimento do bebê prematuro?
A atuação fonoaudiológica está relacionada a função de alimentação e aleitamento materno.
E tem como objetivo de habilitar o prematuro a coordenar as funções de sucção, deglutição e respiração propiciando a transição para via oral de maneira mais segura e eficaz possível.
Outra atuação está relacionada a vigilância do desenvolvimento, que tem o intuito de identificar as falhas básicas do desenvolvimento a partir da observação de comportamentos motores orais, da comunicação receptiva e expressiva, realizando encaminhamentos precoces quando necessário.
Os bebês prematuros apresentam atraso no desenvolvimento?
A prematuridade é um fator de alto risco para atraso no desenvolvimento neuropsicomotor em decorrência da imaturidade neurológica, e quanto mais prematuro o bebê nascer, maior o risco.
Por isso, é fundamental fazer um acompanhamento periódico dessas crianças por profissionais habilitados para realizar a avaliação do crescimento e dos marcos do desenvolvimento no mínimo até os dois anos de vida.
Pode se dizer que, nas consultas de avaliação do desenvolvimento.
É importante ajustar a idade cronológica em função do grau da prematuridade para alinhar as expectativas de desenvolvimento.
Por exemplo, um bebê de 8 meses que nasceu três meses antes do esperado, ele se comporta mais ou menos como um bebê de 5 meses.
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